15 março 2014

A Perseverante Mulher Cananéia


Texto: Mt.15:21-28

Jesus saiu da Galiléia e continuou sua caminhada para o norte da região chegando às regiões de Tiro e Sidom. Lugares habitados por grande maioria de gentios e não judeus. Aproximou-se de Jesus uma mulher cananéia – antigos habitantes da judéia. Deus havia ordenado a Josué que tomasse a terra e destruísse todos os habitantes. A região de Tiro e Sidom pertenciam à Síria. Os judeus consideravam-se o povo escolhido de Deus e todos os outros eram imundos e rejeitados. Contudo essa mulher ao saber que Jesus passava por sua região foi ao seu encontro clamar por uma ajuda. Para isso ela vence a barreira cultural, os preconceitos e busca auxílio em Jesus. Ao encontrar-se com Ele seria esperado que prontamente fosse atendida, mas Jesus se nega ouvir seu clamor. O que remete a um dos pedidos mais fervorosos e humildes dos relatos dos evangelhos: a aflição do ser humano diante das impossibilidades da vida.
Jesus provou essa mulher para aprová-la na vida. O que podemos destacar desse dialogo?

O reconhecimento de quem era Jesus: _ filho de Davi
            A expressão “Filho de Davi” significava o reconhecimento que aquele jovem profeta não era uma figura qualquer. Não era mais um louco se dizendo Messias. Ao chamá-lo de Filho de Davi reconhecia que era descendente do Rei Davi, e assim o herdeiro do trono de Israel. Reconhecia que era o Messias salvador que a nação de Israel esperava e com isso traria a restauração àquela nação. Reconhecia seu senhorio.

O reconhecimento da superioridade daquele profeta - Prostrou-se perante ele.
 A palavra usada para Prostrar-se ou ajoelhar-se significa: beijar, como um cachorro lambe a mão de seu dono – é usada para expressar reverência, respeito a alguém superior. Assim a mulher reconhecia que aquele homem era lhe superior mesmo sendo judeu, mesmo sendo difícil amar um povo cheio de si como aquele. A mulher reconhecia que aquele profeta era alguém enviado por Deus. 
Jesus testa-lhe a persistência e necessidade de ser atendida, afirmando que seu ministério não era com os gentios e sim para abençoar os judeus. A mulher prontamente reconhece sua condição de estar a parte das promessas judaicas, mas apela para a misericórdia de Cristo.

A mulher reconhece sua condição:
Jesus se utiliza de um provérbio e afirma que não é certo tirar dos filhos para alimentar os cães. A mulher sabia qual era sua condição perante os judeus: gentia, impura, como os cães que vagavam sem abrigo, sem dono, alimentando-se do lixo e restos das ruas. A mulher não argumenta com Cristo sua igualdade com os judeus, ou com os homens. Ao contrário aceita a alusão feita por Cristo, e nesta humildade revela sua fé.

Reconhece que  uma pequena porção da misericórdia do filho de Davi pode supri-la.
Reconhece que um pouco, uma pequena porção, uma migalha seria suficiente para abençoá-la. Reconhece que aquele Messias era enviado de Deus e não estava alheio ao clamor de um necessitado. Tal humildade e fé provocou o Cristo que não fecha os ouvidos ao clamor do necessitado, mas incentiva o sofredor a conhecê-lo nas adversidades.
O resultado: Jesus dispensa a mulher afirmando: Grande é a tua convicção, já recebeu a resposta ao seu pedido.
Assim como aquela mulher reconheceu sua condição perante o Senhor e recebeu a resposta que necessitava, o Senhor nos convoca a rever quem é o Cristo , Filho de Davi, e através do reconhecimento de sua pessoa e ministério nos voltarmos para Ele prostrados em humildade. Desta forma seremos aprovados após testados

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